segunda-feira, 23 de março de 2009

Takemoto, Orson Norio



“Todos nós, descendentes de imigrantes, fazemos reverência a todos eles que tanto se sacrificaram para o nosso bem-estar e o bem do nosso Brasil.”
(Izabel Nogami Takemoto)




Akira e Izabel se casaram em 1968 e tiveram quatro filhos: Orson, Norio, Carla Yayoi e Lúcio Eidy. Os pais de Akira, Yaneco e Shimataru Takemoto, imigraram casados para o Brasil, em 1927 a bordo do navio Manira Maru. Eles eram da Província Ehime-Ken. “Meu pai nunca mais voltou ao Japão. Ele veio como colono, trabalhou na região de Lins (SP) e ficou lá, falecendo aos 72 anos. No Japão ele plantava laranja e pinheiro. Eu nasci em Lins, em 1932, e ajudei meus pais na lavoura. Servi exército em 1952 e depois fui aprender a trabalhar com prótese dentária. Trabalhei durante 46 anos, sou pioneiro nesta área, em Londrina. Conheço a maioria dos dentistas. Eu me aposentei em 1993”, conta Akira.
Hurachi e Tadayuki Nogami vieram casados para o Brasil. Era o ano de 1918 quando aportaram em Santos, provenientes de Nagano. A história da família é contada por dona Izabel, filha do casal imigrante, casada com Akira Takemoto, protético aposentado, pioneiro na área de porcelanista em Londrina. “Meus pais levaram 64 dias a bordo do navio Kamakura Maru. Quando chegaram no Brasil trabalharam muito no sítio para criar os filhos. Logo que chegaram ao Brasil, meus pais foram para a cidade de Registro, no interior de São Paulo, e foram aprendendo, se adaptando. Minha mãe reclamava muito dos pernilongos que havia naquela região e acabaram se mudando para Promissão. Depois de alguns anos se mudaram para o Norte do Paraná. Moraram em Arapongas onde eu montei um salão de cabeleireiro. Nele eu trabalhei de 1957 a 1968, até casar. Depois me dediquei apenas à costura porque podia trabalhar em casa e cuidar dos filhos”, relata.
Dona Izabel esteve no Japão por duas vezes. “ Fui a trabalho. Numa cidade próxima a Tóquio, eu cuidava dos doentes num hospital. Era gratificante poder ajudar as pessoas. Tinha prazer. Na primeira vez que fui, permaneci durante um ano, e na segunda, dez meses”, conta.
Izabel e Akira, durante muitos anos, participaram das atividades e festividades japonesas da colônia. “Mas hoje ficamos em casa, adoramos a companhia dos filhos e dos netos Daniel e Melissa. Perdi um irmão em condições trágicas. Ele faleceu aos 38 anos, deixando a esposa e filhos. Eu ajudei a criar os 7 sobrinhos. Nossa família é unida e isso queremos preservar de geração a geração”, conclui.

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