segunda-feira, 23 de março de 2009

Furuta, Antonio Tomio


“Meus pais eram feirantes. Aprendi tudo com eles, acordando muito cedo, observando a luta deles, o empenho no dia-a-dia. Meu pai montou aquele box no Mercado Municipal para mim. Tem 40 anos e é de lá que sempre tirei o sustento para a minha família. A mesma vontade de trabalhar meu pai herdou do meu avô, Hissokit Furuta, que chegou no Brasil em 1914. E foi direto para a lavoura.”
(Antonio Furuta)



Pode-se afirmar que Antonio Furuta é um homem de sucesso. Um empresário dinâmico, trabalhador, conhecedor do assunto. Há 40 anos comanda o negócio iniciado pela família no Mercado Municipal. “Naquela época, em 1968, o prédio estava abandonado e o prefeito Hosken de Novaes doou um box para cada feirante. Meu pai abriu uma portinha e começou a vender frutas, verduras. Não havia supermercado e nós acabamos virando uma mercearia para atender os clientes”, conta. O tino comercial estava no sangue e, aliado à experiência adquirida com o pai, Antonio dedicou-se ao negócio, que foi crescendo, criando um perfil próprio, conquistando clientes, tornando-se uma referência regional na oferta de gêneros alimentícios importados. Hoje, ele é o protagonista de uma história de sucesso que teve início com a chegada de seu avô paterno, Hissokit Furuta, em 1914, quando aportou em Santos e foi trabalhar na lavoura na região Mogiana, em São Paulo. “Meus avós vieram jovens, ambos com 20 anos, casados e tiveram todos os filhos aqui. Meu pai, Massaji Furuta, nasceu em Assaí e lá fez a vida ao lado da minha mãe, Kiyoko. Somos 8 irmãos: Meire, Luiza, Mário, Antonio, Luiz, Milton, Roberto e Mauro. Quando estávamos em idade escolar nos mudamos para Londrina. Até os 10 anos nós só falávamos em japonês com meus pais. Eles faziam questão e ninguém desobedecia porque meu pai era direto, de pouca conversa, dedicado somente à família”, relembra Antonio. A família Furuta é proveniente da Província de Fukuoka que é banhada pelo mar por três lados, além de fazer fronteira com as províncias de Saga, Oita e Kumamoto. A província inclui as duas maiores cidades de Kyushu: Fukuoka e Kitakyushu, concentrando em si as principais indústrias da região. ‘É uma região bonita, minha mãe já esteve lá por duas vezes e meu pai viajou para rever os parentes uma vez. Eu também já estive lá. Mas nada se compara ao Brasil”, ressalta. Antonio lembra-se do pai acordando nas primeiras horas da madrugada para ir trabalhar. “Não tinha descanso. Se chovia e não dava para trabalhar na lavoura, meu pai cortava lenha. Quando eu fiz 18 anos, aposentei meu pai e fui trabalhar com meu irmão. Ele fazia a feira e eu ficava no Mercado Municipal. Herdei a mesma vontade de trabalhar do meu pai. Nunca tive preguiça para nada.” Viúvo, pai de uma única filha, Antonio Tomio Furuta é membro da Igreja Perfeita Liberdade. A mãe é viva, atuante na igreja, tem 13 netos. O pai faleceu com 56 anos, de um infarto fulminante. “Foi muito duro. Meu pai era muito ativo, participante. Eu tenho boas lembranças dele”, conclui.

Um comentário:

  1. Olá Primo Parabéns pela materia...aqui é seu primo Walligs Takanobu Furuta,Curitiba,Paraná,abraços a todos e muito sucesso a todos....

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