Shibayama, Bunji

“Meu pai veio para o Brasil no comecinho da década de 20. Ele e a minha mãe desembarcaram com um bebê no colo. A vida no Brasil foi difícil, mas meus pais conseguiram formar todos os filhos e nos propiciar uma boa educação”.
(Bunji Shibayama)

“Meus pais, Koji Shibayama e Hashime Shibayama, desembarcaram no Brasil no dia 26 de maio de 1930, trazendo no colo a primogênita Eiko. Como os demais imigrantes daquela época, tiveram uma vida penosa e bastante difícil, mas conseguiram solidificar uma família no novo país que os acolheu”, relata o dentista Bunji Shibayama. “Após desembarcarem em Santos, meus pais foram encaminhados para a lavoura de café na região Mogiana, em Ribeirão Preto. Eram da Província de Miyagui, situada no norte do Japão. Miyagui é reconhecida pelas suas belas paisagens, onde se descortina a visão das ilhas Matsushima, cobertas de pinheiros, que se espalham como manchas sobre a costa desta província”, continua. Posteriormente o casal fixou residência em Assaí – Paraná (secção Bálsamo) e dedicou-se à lavoura de café, ali eles tiveram outros quatro filhos: Naoko, Hideyo, Shoji e Bunji.
Bunji formou-se na faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Paraná em Curitiba, em 1963. Desde então exerce a profissão de cirurgião dentista e é docente da antiga Faculdade Estadual de Odontologia de Londrina, hoje incorporada à Universidade Estadual de Londrina, onde, em 1975, concluiu sua tese de doutorado. Em 1973 cumpriu estágio na Japan Post-Graduate Center em Tokyo e, em 1997, retornou ao Japão para curso na Universidade de Osaka. Casou-se com Kiko e dessa união nasceram três filhos: Rogério, Reginaldo e Ricardo. “Todos eles formados em odontologia. E temos dois netos, Rafael e Cristian”, destaca.
Apesar de modestos imigrantes japoneses, Koji e Hashime Shibayama deixaram um legado de honestidade e trabalho. “Exemplos que deverão ser preservados e cultivados pelas próximas gerações do clã Shibayama”, conclui.