segunda-feira, 23 de março de 2009

Ono, Milton Massachi


“Meus pais sempre nos ensinaram e deram exemplo de honestidade, trabalho e perseverança. Hoje admiro muito a minha mãe, que aos 80 anos vive intensamente cada momento de sua vida, participando de várias atividades com muita disposição e alegria, dando exemplo para todos nós.”
(Milton Massachi Ono)




Mitsuo Ono e Aya Tanahashi Ono são os pais de Milton Massachi Ono. É ele quem relata a trajetória da família, desde quando os avós paternos, Yoneshima Ono e Miki Ono, e seu pai imigraram para o Brasil, em agosto de 1933, a bordo do navio Arizona Maru. A mãe e os avós maternos, Kitishiro Tanahasni e Shigueyo Tanahashi, vieram em outubro do mesmo ano, a bordo do Africa Maru. “Meu pai era da cidade de Kyoto e minha mãe, de Yonezawa. Chegando a Santos foram enviados para o Paraná e São Paulo. Meu pai foi para Cambará e a minha mãe, para Cafelândia. Ficaram 7 anos trabalhando na lavoura, e, em 1940, o casal veio para Londrina”, conta.
Milton Massachi Ono nasceu em 1960, estudou no Colégio José de Anchieta, no Colégio Vicente Rijo e depois na Universidade Estadual de Londrina, onde se formou em Administração de Empresas. “Meus pais deram exemplo de trabalho, determinação e garra. Eles contavam que sofreram muito quando chegaram no Brasil. Estranhavam, entre outras coisas, a comida pela falta de verduras. Mas sempre tiveram ótimas lembranças das boas colheitas que faziam de algodão, café e feijão. Meu pai morreu em 1995 com 77 anos e a minha mãe é viva, com 80 anos, tem saúde, é lúcida, adora cuidar de suas orquídeas e plantas. Nós mantemos alguns rituais orientais, dançamos bon odori, minha família canta música japonesa, comemos comida japonesa e falamos o básico do idioma japonês. Depois que meus pais se mudaram para cá, em 1940, nunca mais saíram daqui. Eles sempre moraram nas proximidades da Gleba Palhano onde eu nasci”, recorda. O casal teve 7 filhos: Paulo Koiti Ono, Luiz Seiji Ono, Mario Katsumi Ono, Alice Kiyomi Ono, Marina Harumi Ono, Milton Massachi Ono, Érica Yurie Ono. Eles têm 15 netos e uma bisneta que também se chama Aya.
Milton é casado com Helena Ono. Ele e a esposa trabalham na Caixa Econômica Federal há 19 anos. “Meu esporte preferido é jogar bola. E tanto eu como a minha esposa fazemos aula de canto de música japonesa com a professora Kumiko Assada. Minha mãe participa constantemente dos concursos de canto, quem sabe um dia possamos participar também. Estou sempre ajudando a Acel nas atividades do departamento de canto e futebol. Eu e minha esposa fazemos ainda curso de terapia holística, visando o autoconhecimento, ou seja, o crescimento mental físico, energético e espiritual. Temos dois filhos, Karina Mayumi Ono, 15 anos e Rafael Hideki Ono, 12 anos”, diz.
A imigrante Aya Ono, conhecida como “Batian”, protagonizou o filme “Gaijin-Ama-me como sou” , filme de Tizuka Yamazaki. “Ela conquistou o título de melhor atriz coadjuvante, ganhando o troféu Kikito no Festival de Cinema em Gramado em agosto de 2005. No filme, rodado em Londrina, também participaram suas duas netas, Cintia e Tiemi. Minha mãe encena com desenvoltura o papel da matriarca nikkey. Para ela, que nunca imaginou um dia protagonizar um filme, foi a realização de um sonho”, conclui.

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