segunda-feira, 23 de março de 2009

Hayashi, Shigueru


“Meus ancestrais tinham fábrica de saquê no Japão. Eu sou a quinta geração da família. E não tenho hábito de beber nada.”
(Shigueru Hayashi)


“A propriedade que meus pais deixaram no Japão quando vieram embora foi confiscada pelo governo após a guerra, só ficando a casa que uma prima apossou. Meu pai contava que a madeira da casa era tão pura e tão brilhante que você podia se “espelhar” nela para se arrumar. A casa tinha cerca de 300 anos.”
(Shigueru Hayashi)


A família de Shigueru Hayashi é de Okayama. O patriarca Kikuichiro e a matriarca Toshico Hayashi chegaram ao Brasil em junho de 1930, junto com sua mãe, Tome, seu irmão Kakuji e sua irmã Kazuko Hayashi. Foram estabelecidos na cidade de São Simão, na região Mogiana e trabalharam na lavoura. Mas não permaneceram muito tempo naquela propriedade. Se mudaram para Andirá onde tinham parentes e depois para Ourinhos, onde nasceu Shigueru, hoje com 73 anos, casado com Terumi, pai de Carlos Alberto Fumio Hayashi e de Elizabeth Midori Hayashi. “Minha família fugiu da guerra do Japão, antes de meu pai ser convocado para o exército. Em uma semana estavam a bordo do navio que os trouxe ao Brasil. Deixaram tudo lá e quando voltaram, foi apenas para rever familiares e passear. Tudo deles havia sido confiscado”, relata Shigueru, que ajudou o pai na lavoura até completar 20 anos. “Somos 6 irmãos. Eu, Paulo Eitiro, Lauro Mitharo, Olavo Koji, Rosa Hiromi e Hélio. Eu vim para Londrina em 1938, fui estudar no Colégio Hugo Simas. Nós tínhamos uma vida boa e tranqüila”, conta.
Aos 27 anos Shigueru casou-se com Terumi. “Eu precisava começar a vida e com a ajuda do sogro adquiri uma propriedade, era uma casa próxima ao Com Tour, onde residi por pouco tempo. Um amigo me chamou para trabalhar fora de Londrina e durante algum tempo fui funcionário de uma multinacional. Meu pai morreu em 1993 e minha mãe, quando eu ainda era criança. Tinha 5 anos, me recordo pouco dela”, conta.
Desde 1992, Shigueru dirige a empresa Persianas Hayashi. Membro da Igreja Messiânica, ele tem algumas histórias contadas pelo pai, bem vivas em sua memória. “Uma delas é que na região em que meu pai morava a sardinha era usada como adubo. Quando meus pais chegaram ao Brasil, viram que a sardinha era para comer no dia-a-dia, mesmo já morta. Ele também contava que na região do Japão em que viviam tinham o hábito de comer somente peixe vivo. Tiveram que se acostumar aos hábitos diferentes no Brasil. E tudo foi um choque para eles”, comenta.
O casal tem 3 netos: Beatriz, Gabriel e Luiza, filhos de Sandra e Carlos Alberto. “Gostaríamos de estar mais juntos. Porém eles residem em Ribeirão Preto. Mas quando possível, viajamos para visitá-los.”
Dona Terumi é dona de casa e tem um hobby: cuidar de plantas. Faz Bonsai e Ikebana. Tem uma infinidade de vasos. E pratica natação, além de acompanhar o marido aos encontros na Igreja Messiânica.

2 comentários:

  1. Hayashi-san,

    Bom vê-los aqui! O tempo não passou para vc e sua família. Não sei se vai lembrar-se de mim, mas convivemos por muito tempo. Sou a Celina, filha do Sadao Masuko.

    Espero que estejam todos bem.

    Abraços saudosos!
    Celina

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  2. aqui em Terra Alta munícipio do estado Pará existe uma família com esse sobrenome. A matriarca se chama Emiko Hayachi

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