segunda-feira, 23 de março de 2009

Fukushima, Massanori


“A família Fukushima agradece à colônia japonesa de Arapongas e do Paraná pelo privilégio de poder servir. E agradecemos com alegria, a honra de receber a Comenda do Imperador do Japão, em 1995.”
(Masato Fukushima)


Ele deixou a Província de Fukuoka, no Japão, ao lado dos pais, para tentar novos horizontes num país totalmente diferente do seu, com hábitos, costumes, comida e idioma nunca antes vistos. Durante muitos anos a família dedicou-se ao trabalho na lavoura. E aos poucos eles foram conquistando estabilidade financeira, se tornaram prósperos e adotaram o Brasil como o país do coração. Em Arapongas fixaram residência e se tornaram uma das famílias mais tradicionais daquela cidade.
Masato Fukushima nasceu em 12 de dezembro de 1924 e imigrou com a família para o Brasil, em 1935. De Santos, eles seguiram para Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, sempre tendo como atividade principal a plantação de algodão. Em 1948 a família mudou-se para Arapongas, no Norte do Paraná. “Eu e a minha esposa, Shizuki Tagawa, tínhamos o primeiro filho, Massanori, com apenas um mês de vida. Durante 6 meses eu trabalhei como aprendiz na Casa Verde, no ramo de secos e molhados, de propriedade do senhor Shigueru Nakagawa, e que ficava ao lado do Tabelionato Grassano. Em 1949, eu me estabeleci no ramo, à frente da Casa do Povo, situada na Avenida Arapongas, 1302. Com trabalho incansável, honestidade e bom atendimento, conseguimos uma grande clientela. A convite do senhor Shigueru, comecei a freqüentar as reuniões da Associação Japonesa. Em 1960 iniciei uma nova atividade de benefício de arroz, a Máquina São Paulo, na rua Tangará, 43”, relembra o imigrante Masato.
Foi em 1974, que Masato Fukushima ampliou horizontes, com o comércio de compra e venda de cereais e industrialização de milho branco e secagem. Ao lado dos filhos Massanori e Nelson, abriu a firma Fukushima Alimentos Ltda. “Fomos prosperando e adquirimos terras em Arapongas, plantando 60 mil pés de eucaliptos, 40 mil pés de kiri. Tivemos granja, suínos, criação de coelhos e frango de corte”, comenta.
Masato e Shikuzi tiveram sete filhos: Massanori, Alice Harumi, Luzia Kiyomi, Catarina Shizuka, Nelson Massaharu, Elza Mayumi, Celina Terumi.
Várias funções e cargos o imigrante Masato ocupou ao longo de todos esses anos. Atuou na Associação Japonesa, fundou a Acear, onde foi presidente durante sete gestões. Coordenou eventos esportivos e a exposição agrícola, foi vice-presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná, vice-presidente da Província de Fukuoka no Brasil e presidente da Província de Fukuoka em Arapongas. É membro do Rotary Club de Arapongas desde 1980, presidente do Sindicato Rural de Arapongas. Participou na coordenação dos 70 anos da imigração japonesa. Em 1988, durante as comemorações dos 80 anos de imigração, foi o coordenador geral dos eventos. Em 1998, nos festejos de 90 anos da imigração, continuou se empenhando ativamente, auxiliando na coordenação, recepcionando diversas autoridades tanto do Brasil como do Japão. Há 51 anos atua na diretoria da Liga Desportiva Norte do Paraná, atualmente, Liga Desportiva Cultural Paranaense. Recebeu homenagens, entre elas, a “Honra ao Mérito”, concedida pelo governador Hirako Kamei, da Província de Fukuoka. A mesma honraria lhe foi dada pela Liga Desportiva Norte do Paraná e outra, concedida pela Associação da Criança Excepcional do Brasil. Também foi agraciado com a “Honra ao Mérito” concedida pelo ministro de Relações Exteriores, Munussuke Ono, na ocasião dos 90 anos da imigração japonesa. Em 1990, foi ao Japão para receber a homenagem do governador de Fukuoka, Sr. Yassuo Okuta, tendo participado das solenidades dos Jogos Abertos do Japão. Foi “Cidadão Honorário de Arapongas” e recebeu a “ Comenda de Sol Nascente de Raios Dourados”, dada pelo imperador do Japão, essa, motivo de muito orgulho para um imigrante japonês.
O casal Masato e Shikuzi completou 50 anos de casados, em 1997. Eles tem 15 netos.

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