segunda-feira, 23 de março de 2009

Oba, Alberto Toshio


“Meu pai fazia parte do grupo Kaihatsu Seinentai, grupo de jovens que, após a Segunda Guerra Mundial com o Japão passando por sérios problemas econômicos, resolveu vir ao Brasil. Ele tinha treinamento em agricultura e se estabeleceu, a princípio, em Serra Dourada. Depois, em Cruzeiro do Oeste, casou-se com a minha mãe.”
(Alberto Toshio Oba)




A flor de tangerineira é um símbolo da Província de Yamaguchi, de onde veio o imigrante Massassuke Nagaoka, em 1928. Ele veio com a família da irmã e chegando ao Brasil, casou-se com a jovem Ayako Morikawa. A vida na lavoura foi dura, mas aqui fizeram um lar. Com conhecimentos em marcenaria e carpintaria, Massassuke foi residir em Bastos, no interior paulista. Tiveram seis filhos e se propuseram a criá-los da melhor forma possível. “Meu pai, Shigeyoshi Oba, e minha mãe, Souco Nagaoka (como está registrado, mas o nome correto é Toshiko Nagaoka foi um erro de registro no cartório, muito comum na época do nascimento dela em 1933), casaram-se em 1962. Meu pai se estabeleceu em Serra Dourada e foi trabalhar numa plantação de arroz. Minha mãe era professora de corte e costura e foi morar em Cruzeiro do Oeste. Quando meu pai se mudou para aquela cidade conheceu a minha mãe, casaram-se e lá permaneceram durante muitos anos, trabalhando no Comércio,” conta o filho Alberto Toshio Oba. Atualmente o pai reside em Londrina e a mãe é falecida.
Alberto é formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, e a família é de Cruzeiro do Oeste (PR). Mas optou por residir Londrina e aqui constituiu família, além de uma bela trajetória profissional. Casado com Sueli Maiotti Oba, tem três filhos: Daniela, 19 anos, Guilherme, 16 anos, e Júlia, 6 anos. “Em casa, meu filho é o que mais preserva a cultura japonesa. Tanto que pretende morar no Japão. Ele estuda o idioma, aprende sobre as tradições. E eu o incentivo. É importante manter algumas tradições deixadas pelos avós que lutaram tanto quando aqui chegaram. Tenho muito orgulho de meus pais e meus antepassados”, comenta.
O médico atua como cirurgião do aparelho digestivo. Como hobby tem a pescaria e a leitura. É membro da Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que conheceu em Londrina, e exerce o ofício de sumo sacerdote. Na Província de Yamagata-ken, norte do Japão, a família é muito conhecida e tradicional sendo que, na Vila conhecida como Mamurogawa-machi, a grande parte dos moradores tem o sobrenome Oba, os quais fazem parte da mesma árvore genealógica, da qual o seu avô é um dos ramos. Os pais de Alberto tiveram três filhos: Alberto Toshio Oba, Lucy Mie Oba Shuha e Eliane Tie (Oba) Yoshioka.

5 comentários:

  1. Parabéns pela postagem... Sempre muito interessante a história da imigração japonesa aqui para o Brasil. Também sou descendente de imigrantes japoneses, o nome de minha família é Takahashi. tenho 50 anos de idade e ainda não sei nem a metade da "saga" que meu avô viveu no navio que desembarcou no porto de Santos em 1928, gostaria muito de saber como deve ter sido a viagem, o que eles comiam no navio, como dormiam, deve ter sido muito difícil... nunca encontrei nada que falasse sobre isso. Mas estamos aqui, o fruto da semente que eles trouxeram do outro lado do mundo. Parabéns mais uma vez pela sua história.

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    1. Olá Mary, sou da familia Takahashi de São Paulo, meu pai Mutuo Takahashi, filho do Koharu Ito Takahashi e Shinshiro Takahashi, meus tios Giro Takahashi, Itiro Takahashi, Shizoko Mano e Goro Takahashi. Gostaria de encontrar parentes, aqui da nossa família, somos de São Paulo, Marilia, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, num total de 13 netos.

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  2. Será que temos alguma ligação familiar em função do sobrenome ,eu nasci em Cafelândia SP e morei em Lins SP.

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  3. Minha avó era de Akita Família Oba.O nome dela era Tomi.Casou-se com Schuichi Ito de Hiroshima.

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